sábado, 31 de julho de 2010

Osteosporose e o Pilates


Método Pilates é proposta de atividade física com finalidades terapêuticas, utiliza-se para a prevenção e/ou tratamento de diversas patologias osteo-mio-articulares como a osteoartrite. No caso específico da prevenção de fraturas osteoporóticas, o pilates pode ser indicado por promover o aumento da força muscular, o ganho de flexibilidade, a melhora da coordenação motora, do equilíbrio, da postura, propriocepção e da respiração.

O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo. O estrógeno – hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade – ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Quando caem os níveis deste hormônio, os ossos passam a incorporar menos cálcio, tornando-se mais frágeis.

O ganho de força muscular é conquistado através de exercícios resistidos por cargas externas, que podem ser a gravidade, o peso do próprio corpo, as molas dos aparelhos ou as bolas Bobath ( bolas suíças), solicitados de acordo com a realidade de cada cliente. O aumento da força auxilia na remodelação óssea, através do estímulo mecânico que a contração muscular imprime aos ossos, promovendo a proteção destes. O fortalecimento, assim como em qualquer modalidade esportiva, é conquistado gradativamente.

O alongamento gradativo dos músculos conquistado com o método promove a diminuição de encurtamentos e tensões musculares localizadas, os quais podem ser responsáveis por alterações posturais significativa e deixar estruturas ósseas mais suscetíveis à forca mecânica. Além disso, o alongamento bem orientado auxilia no reequilíbrio muscular.

O estímulo à coordenação motora é constante durante a realização dos exercícios do Método Pilates. Ela é conquistada através da precisão dos movimentos e dos recursos utilizados durante o exercício. O manuseio das molas e bolas, realização de exercícios unilaterais, bilaterais e alternados, exige que o praticante demonstre domínio e, dessa forma, obtem-se trabalhos coordenados.

O alongamento axial promovido pelo pilates é importante na prevenção das microfraturas das vértebras, principalmente das torácicas que são as mais acometidas, por diminuir a compressão exercida entre uma vértebra e sua adjacente.
Pela ênfase dada ao trabalho respiratório durante a realização de cada um dos exercícios, o pilates promove a reeducação da respiração e, dessa forma, reduz a tensão e o gasto de energia dos músculos envolvidos no processo respiratório.

Somando-se todos os objetivos almejados pelo pilates, obtem-se o que se caracteriza como uma das filosofias do método, que é a melhora da consciência corporal, isto é, o autoconhecimento, fundamental para a realização de cada um dos movimentos do corpo.

Sabe-se que toda e qualquer atividade física deve ser adaptada para atender as necessidades do indivíduo com osteoporose.

A adaptação dos exercícios é feita com base na avaliação física do indivíduo e em seu potencial risco de fratura. Assim é possível determinar a intensidade, freqüência e tipo de exercícios a serem realizados.

Portanto, tendo como precauções basicamente as mesmas de outras modalidades esportivas, o pilates pode ser realizado por indivíduos osteoporóticos, como forma de auxílio a prevenção de quedas e melhora da saúde geral.
http://www.revistapilates.com.br/category/osteoporose/

Colesterol e o exercício físico


Que a prática de exercícios físicos é benéfica na prevenção do enfarte do miocárdio, além de contribuir para a elevação do nível de colesterol bom no sangue, o HDL, já era de conhecimento geral. A dúvida, no entanto, ficava sobre o que acontecia com o LDL, chamado de colesterol ruim, causador de diversos males ao ser humano. Um trabalho apresentado no 60° Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia abre espaço para esta discussão e pode ser um ponta pé para acabar com os questionamentos sobre o assunto.

O estudo que traçou um paralelo entre os exercícios físicos e a redução do colesterol foi realizado por uma equipe do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (Incor). "Os músculos, ao serem estimulados com a atividade física, vão consumir o colesterol LDL", explica José Antônio Ramires, diretor geral do Incor, que também apresentou a pesquisa no Congresso Europeu de Cardiologia, ocorrido semana passada em Estolcomo, na Suécia.

Essa é a primeira vez que um estudo revela que a prática de exercícios físicos auxilia na queima do colesterol. O resultado do trabalho é animador, mas deve ser visto com cautela, sobretudo pelos freqüentadores assíduos de academias. No entanto, a pesquisa serve como um estímulo às pessoas que possuem nível elevado de colesterol e não praticam nenhum tipo de exercício.

Como relata Ramires, o trabalho foi simples e envolveu 18 pacientes. Após a escolha dos participantes, foi medido o nível de colesterol LDL em cada um. Em seguida, as sessões de exercícios e novas medições foram feitas. Nessas análises verificou-se que houve uma rápida redução do nível de LDL no sangue desses pacientes. "O exercício obrigava os músculos a consumir LDL", informa.

SÓ O EXERCÍCIO NÃO RESOLVE

O especialista em cardiologia esportiva Nabil Ghorayeb, que é chefe da seção de Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese e também do Hospital do Coração, em São Paulo, vê os resultados com cautela. Ele lembra que estudos recentes apontaram que o nível de colesterol bom, o HDL, se eleva pouco para quem pratica exercícios há um bom tempo e que o nível de LDL diminui menos de 10% no longo prazo.

A avaliação de Ghorayeb é importante, pois ainda não existe no mundo nenhum estudo com uma amostra grande de pessoas que tenham, através da atividade física, sanado o problema do colesterol. "É preciso frisar também que o exercício tem que ser regular e moderado, por no mínimo 14 semanas. O indivíduo, principalmente aquele que nunca praticou esportes, não pode aderir imediatamente à atividade de forte impacto", avisa o cardiologista.

Diante do quadro levantado por ele, vale ressaltar ainda a combinação de três pontos: prática de exercício regular e moderado, alimentação saudável, e, quando necessário, administração de remédios. "Não adianta sair fazendo qualquer tipo de esporte e achar que estará protegendo o coração, pois não estará. Se fosse assim, não teríamos praticantes regulares de atividades físicas enfartando", finaliza Ghorayeb.

FATORES DE RISCO

Um estudo intitulado "Interheart", divulgado em setembro do ano passado, apontou o colesterol LDL elevado como um dos principais fatores de risco para o enfarte do miocárdio no mundo. Além do colesterol, a pesquisa mostrou que os demais complicadores são: tabagismo, estresse, diabete, hipertensão arterial e obesidade abdominal. Do outro lado, o trabalho apontou como fatores de proteção a atividade física, o consumo diário de frutas e verduras e a ingestão moderada de bebidas alcoólicas.

Profissionais da área médica atestam que controlando esses fatores, combate-se em 90% as doenças do coração. O "Interheart" foi financiado por diversas instituições de todo o mundo sob a coordenação de Salim Yusuf, da Universidade de McMaster, do Canadá.

O QUE É O MAL COLESTEROL

O LDL é algo similar à gordura presente no sangue. Ele pode ser fabricado no fígado ou originado pelos vários alimentos consumidos. O nível elevado desse tipo de colesterol pode se acumular nas artérias causando, entre outras coisas, ataque cardíaco, derrame e enfarte.

O colesterol elevado não apresenta sintomas, daí a importância de conhecer o nível de LDL, já que existe tratamento eficaz. As sociedades de Cardiologia Norte-americana e Brasileira recomendam que todas as pessoas a partir dos 20 anos façam a medição do perfil lipídico, ao menos uma vez a cada cinco anos.

Nível de colesterol total recomendado pelas sociedades de cardiologia:

Desejável: menor que 200 mg/dl

Limite: entre 200 e 239 mg/dl

Elevado: superior ou igual a 240 mg/dl

Fonte: www.portaleducacao.com.br

Exercícios físicos ajudam muito na depressão




A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes, sendo uma das doenças que mais incapacita o ser humano.As mulheres são mais atingidas que os homens - 1 em cada 4 mulheres e 1 em cada 10 homens.
A depressão caracteriza-se por uma alteração psiquica e orgânica global, com consequentes alteraçoes na maneira de valorizar a realidade e a vida.Falta de vitalidade que poderá estar acompanhada de sentimentos de tristeza ,falta de confiança em si próprio, sentimentos de culpa generalizados, pessimismo e nos casos mais graves pode haver tendência ao suicídio.
A prática de exercício físico é uma boa forma de prevenir e combater a depressão.
O exercício físico libera no cérebro substâncias que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. São as endorfinas, ligadas à gênese do bem-estar e do prazer.Por ser um potente liberador de endofirna o exercício físicocria uma boa dependência quem praticado regularmente e a faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer.O exercício físico é altamente eficaz no combate ao stress e a ansiedade quando é moderado e regular, descontrai o corpo e ativa o sistema imunológico.
O ritmo do exercício deve ser adequedo .Deve ser começado lentamente e ir aumentando gradualmente.Quando demasiado exigente,pode causar ainda mais stress.
O método Pilates pode ajudar muito por ser uma modalidade mais calma, que exercita a concentração, a respiração e o relaxamento.
"Mens sana in corpore sano" (mente sã em corpo são), é uma frase célebre em latim que demonstra bem o interresse do homem pelo exercício físico, de forma a atingir o equilibrio total.


Fonte:
revista pilates

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Benefícios de exercício físico no processo de envelhecimento

As pesquisas têm demonstrado que a população idosa no Brasil está aumentando, e esta é uma tendência mundial: o mundo está envelhecendo! Sendo assim, as pesquisas estão sendo direcionadas a fim de verificar os aspectos que proporcionem uma melhor qualidade de vida na velhice, sem doenças e com autonomia.

A terceira idade é marcada como uma fase pela diminuição na capacidade funcional do organismo, Paschoal (1996 in Mazo et al, 2004) coloca que “no processo natural de envelhecimento, diminui a capacidade funcional de cada sistema e, com o aparecimento das doenças crônico-degenerativas, prevalecem às incapacidades”. De acordo com o autor, esta queda na capacidade funcional dos idosos pode ser acelerada ou retardada de acordo com fatores genéticos bem como do estilo de vida e o ambiente em que se vive.

Citando Shephard (2003) a terceira idade é dominada pela diminuição de massa magra nos tecidos e aumento de massa gordurosa, além de uma progressiva atrofia muscula e perda de minerais ósseos. A soma destes fatores leva à diminuição da mobilidade das articulações, o que prejudica mais seu desempenho.

O exercício físico é de fundamental importância para esta população, uma vez que possibilita a retomada da independência física, além de facilitar as relações entre os participantes. Neste aspecto, os exercícios em grupos são os mais interessantes e indicados.

Nahas (2001) apresenta uma série de benefícios da prática regular de exercícios físicos: promove uma melhora fisiológica (controle da glicose, melhor qualidade de sono, melhorias nas capacidades físicas relacionadas à saúde), melhora psicológica (relaxamento, redução dos níveis de ansiedade e estresse, melhora o estado de espírito, melhoras cognitivas) e melhor interaçao social (indivíduos mais seguros, melhora a integração social e cultural, integração com a comunidade, rede social e cultural ampliadas, entre outros), além da redução ou prevenção de algumas doenças como a osteoporose e os desvios de postura.

Que o exercício é imprescindível para a saúde e qualidade de vida dos idosos pode-se perceber através dos dados postulados neste texto, mas de que exercício está se referindo? Podem os idosos participar de qualquer programa de exercício?

Na verdade, a velhice é marcada por uma série de limitações físicas e psicológicas, que devem ser analisadas antes do início de um programa de exercícios. A moderação e o bom senso são muito importantes neste momento. O ideal é que o início seja lento e gradual, respeitando sempre os limites de cada indivíduo.

De acordo com Nahas (2001), as atividades como caminhada e dança são bastante apreciadas pelos idosos, além de ser um ótimo exercício para a melhora do sistema cardiovascular. Acrescentam-se ainda exercícios resistivos, que promovem um aumento da massa muscular e melhora o equilíbrio.

Um outro tipo de exercício que é bastante interessante é a hidroginástica. Este tipo de exercício é bastante eficaz nos casos de pessoas que sofrem com problemas articulares, onde o impacto nos membros inferiores é sensivelmente diminuído. Resistência aeróbica, força e flexibilidade podem ser trabalhadas no ambiente aquático, estes exercícios são mais fáceis de realizar e menos dolorosos, além de promover a interação social que tanto lhes é importante.

Enfim, as possibilidades são muitas de exercitar-se na terceira idade, desde yoga, alongamento, recreação, musculação, caminhada. Exercício faz bem em todas as idades, mas na velhice ele proporciona muitos benefícios.

O importante é dar o primeiro passo em favor da saúde e contra o sedentarismo.






http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_2373/artigo_sobre_beneficio_do_exercicio_fisico_no_processo_de_envelhecimento

terça-feira, 27 de julho de 2010

Vigorexia

A vigorexia ou Complexo de Adonis é um dos extremos da preocupação exagerada com a forma física. Enquanto a anorexia e a bulimia são mais freqüentes em mulheres, que deixam de se alimentar ou comem para depois vomitar porque acreditam estar gordas, a vigorexia afeta mais os homens que desejam desenvolver seus músculos, já que se vêem fracos e doentes. 

 A vigorexia associa beleza com músculos definidos e é um transtorno vinculado a problemas de personalidade. Conseguir um corpo perfeito é prioridade para milhões de pessoas ao redor do mundo que querem ficar dentro dos padrões de beleza estabelecidos pelo cinema, moda, televisão, publicidade, amigos, etc., e transformam esse objetivo em escravidão. 



Tal patologia não tem relação com a prática regular e saudável de esportes, nem com o culturismo, a prática de exercícios físicos dirigidos ao excessivo desenvolvimento dos músculos. No entanto, entre os seguidores do culturismo costuma haver pessoas com vigorexia.



Homens jovens, sem maturidade e com baixa auto-estima são principais vítimas da vigorexia, mas os casos entre as mulheres têm sido mais freqüentes. Assim como quem sofre de anorexia e bulimia, as pessoas com vigorexia precisam de tratamento médico e psicológico. 



Sacrifícios



As pessoas com complexo de Adônis consideram que todos os sacrifícios são pouco para conseguir um corpo perfeito. É uma corrida sem fim, porque a imagem vista no espelho por alguém com vigorexia é sempre a de uma pessoa sem músculos e sem qualquer atrativo físico.



Essa corrida para obter o corpo perfeito começa com dependência doentia da academia e da prática de esportes, com mudança de dieta, baseada em proteínas e carboidratos e, freqüentemente, com o consumo de anabolizantes e esteróides.



A auto-estima diminui, e a necessidade de fazer atividade física o tempo todo afasta a pessoa com vigorexia dos amigos, da família, do trabalho e de qualquer outra atividade. Ela se torna um ser introvertido e fechado. A frustração que acompanha a vigorexia pode explodir em episódios de grande violência. Isso acontece principalmente quando o entorno socio-cultural elogia um homem atlético, forte e temido. 



Má saúde física



Ao contrário do que se pensa, uma pessoa com vigorexia não está fisicamente saudável. Ossos, tendões, articulações e músculos sofrem conseqüências do exercício excessivo, e lesões são freqüentes.



Diante da dor produzida pela forte intensidade da atividade física, o corpo libera endorfinas para reduzi-la. A quantidade de endorfinas aumenta proporcionalmente ao tempo dedicado aos exercícios, tornando a pessoa “viciada” nesta substância e, com isso, em academia. 



A alimentação pobre em gorduras e rica em carboidratos e proteínas causa transtornos metabólicos, que se agravam com o uso de anabolizantes e esteróides. Problemas cardíacos, renais e hepáticos, retenção de líquidos e atrofia testicular são apenas alguns dos distúrbios associados à vigorexia. 



Prevenir e curar


As crises de auto-estima e pânico em fracassar costumam começar na adolescência, por isso é fundamental orientar o jovem sobre a prática saudável de uma série de atividades, entre elas o esporte. Com a atividade física, o jovem aprende a diferença entre procurar boa imagem de si mesmo, o que é bom, e se prender a um determinado modelo sociocultural, que pode levar à frustração e se transformar em uma doença. 

Geralmente, a vigorexia afeta homens entre 18 e 35 anos, mas em muitos casos os problemas que levam à obsessão pelo desenvolvimento dos músculos começam na puberdade. 

Resgatar a auto-estima é fundamental para a pessoa com vigorexia. Trata-se de recuperar a imagem e modificar comportamento e hábitos para poder se aceitar de novo. 



O tratamento psicológico deve ser acompanhado de orientação médica sobre alimentação e desintoxicação de produtos como anabolizantes e esteróides. A atividade física não deve ser cortada, mas é preciso reduzir gradativamente o tempo e intensidade de exercício.


Fonte: www.educacaofisica.com.br

domingo, 25 de julho de 2010

Flexibilidade

Flexibilidade ou mobilidade articular pode ser definida com a amplitude máxima passiva fisiológica de um dado movimento articular. É um componente de avaliação importante do desempenho muscular. Uma característica bastante variável, que em cada articulação é diferente, o que nos leva a concluir que ser flexível em uma parte do corpo não garante a flexibilidade em outras regiões.
A flexibilidade pode ser influenciada por diversos fatores como a superfície óssea, os músculos, ligamentos, tendões, idade (a tendência é com o passar do tempo, a flexibilidade diminuir), gênero (em geral, as mulheres são mais flexíveis), o aquecimento feito antes do exercício, a temperatura externa (com o frio, diminui-se a mobilidade articular), nível de treinamento (quanto mais treinado, mais flexível).
A flexibilidade é de suma importância na realização de determinados gestos desportivos e movimentos que de outra forma, seriam impossíveis de serem realizados sem essa capacidade física. Ela aumenta a eficiência mecânica dos movimentos, fazendo com que o atleta tenha um desperdício menor de energia na execução de suas atividades, além de auxiliar na profilaxia de lesões e dos vícios posturais, reduzir as tensões musculares e auxiliar na melhoria da contratilidade muscular.
Segundo especialistas, o treinamento de hipertrofia muscular anula ou diminui a ação dos neuro-transmissores presentes nos tendões dos músculos. Assim, exercícios de alongamentos ativo depois das sessões de musculação podem provocar lesões pois o atleta poderá tentar estender o músculo a uma amplitude maior do que a suportada. Recomenda-se apenas exercícios de alongamentos passivo, com a finalidade de relaxar, descontrair e distensionar o músculo e realizar o alongamento ativo após algumas horas depois do treinamento.
Existem alguns tipos de alongamento, os mais comuns são:
Alongamento ativo - É estabelecido pela atividade muscular do próprio indivíduo envolvido na ação, sem ajuda externa .
Alongamento passivo - Não ocorre contribuição ou contração ativa do sujeito submetido à ação, ou seja, o alongamento é totalmente promovido por forças externas, através do auxílio de um parceiro ou de um equipamento mecânico.

Eficiência Anatofisiologica:

Influência dos diferentes tipos de Tecidos na Flexibilidade

Cápsula articular47%
Músculos41%
Tendões10%
Pele02%
(JONHS & WRIGHT,1962)

Ligamentos - tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade.
Tendões - tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade.
Músculos - tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados para tal.

Obs.: - Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de elasticidade e plasticidade, causa o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões.

Algumas Curiosidades:
  • A flexibilidade mantém-se estável até por volta dos dez anos. ao entra-se na puberdade, começa-se a perder a flexibilidade paulatinamente, desde que não seja treinada.
  • A flexibilidade é bastante semelhante entre meninos e meninas até os seis ou sete anos de idade, daí por diante, os indivíduos do sexo feminino tendem a ser mais flexíveis do que os sexo masculino.
  • As mulheres grávidas apresentam um maior índice de flexibilidade em relação ao estado normal pela influência de fatores hormonais.


Alguns links em que se pode ler mais sobre o assunto:

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Diabetes e Exercício (2)

"Além dos efeitos metabólicos o exercício físico pode trazer outros benefícios relacionados aos fatores de risco das doenças cardiovasculares. De acordo com Forjaz et al (1998), em geral, indivíduos diabéticos apresentam doenças associadas tais como hipertensão, dislipidemia, obesidade (diabete tipo II) e doença isquêmica do coração, dessa maneira pode-se dizer que o exercício físico regular em indivíduos diabéticos, além de contribuir para a melhora do estado glicêmico, diminui sobremaneira os fatores de risco das doenças cardiovasculares."

(...)

"Antes de iniciar um programa de exercícios físicos, indivíduos diabéticos, devem passar por uma avaliação médica detalhada com métodos diagnósticos adequados. Inicialmente traçada uma história clínica e realizado um exame físico, com particular atenção nas possíveis complicações micro e macrovasculares (neuropatia, retinopatia, doenças cardiovasculares, controle glicêmico), que podem ser agravadas pelo programa de exercício. Além de glicemia de jejum; hemoglobina glicosilada, perfil lipídico, análise de proteínas na urina e avaliação oftalmológica (Grima, 1996; Carvalho, 1988)."

(...)

O programa de exercícios físicos para diabéticos, é extremamente complexo, pluridimensional e multiforme, necessitando ser complementado e interpretado por uma série de exames clínicos e laboratoriais, que ajudam a equipe do programa (médico, nutricionista e professor de educação física) a concretizar e adaptar as exigências específicas de cada diabético as suas reais condições de saúde (Nunes, 1997).

(...)

Para os diabéticos tipo I, a maior freqüência do treinamento (de moderada intensidade e baixo impacto), auxilia no controle do peso e no tratamento do diabetes (Pollock e Wilmore, 1993), tendo duração de 40 a 60 minutos, suficiente para um gasto de 200 a 300 kcal / sessão (Costa e Netto, 1992; Forjaz et al, 1998), em uma intensidade de 40 a 65% do VO2 máxima, devido a sua freqüência e duração serem altos (Benetti, 1996). De acordo com Leon et al (1984), para diminuir os riscos de problemas músculo-esqueléticos, os primeiros estágios devem ser de curta duração e gradualmente progressivos.

(...)

Efeitos do exercício físico no diabetes Tipo I (DMID)

"O exercício no DMID é, na maioria das vezes, realizado em condições de deficiência ou excesso de insulina (Hidal et al, 1996). A insulina é um dos principais hormônios responsáveis pela regulação metabólica no repouso e mesmo durante o exercício, de acordo com Forjaz et al. (1998), a presença de diferentes estados insulinêmicos pode afetar distintamente as respostas metabólicas durante e após o exercício físico, fazendo com que o exercício melhore ou até, deteriore o controle glicêmico do indivíduo diabético."

"As respostas pelo estado metabólico aos exercícios são influenciadas pelo estado metabólico em seu início. Em presença de deficiência de insulina e cetose, os exercícios causarão um aumento da glicose plasmática, acelerando a formação de corpos cetônicos. Isso ocorre porque a captação da glicose pelo músculo, medida pelos exercícios, depende da insulina, e com uma deficiência da mesma o aumento habitual da captação de glicose pelo músculo, durante os exercícios, estará diminuindo. A deficiência de insulina resulta em um grande aumento da produção de glicose pelo fígado e as concentrações de glicose circulantes no plasma aumentam significantemente. A resposta aos exercícios efetuados por um paciente com deficiência de insulina pode ser constatada com a situação clínica mais comum, em que o exercício é efetuado no momento em que existe um relativo excesso de insulina na circulação (Martins, 1998)."

(...)

Efeitos do exercício físico no diabetes Tipo II (DMNID)

"A fisiopatologia DMIND caracteriza-se basicamente pela diminuição da sensibilidade do organismo à insulina, ocorrendo predominantemente na musculatura esquelética, refletindo na diminuição do metabolismo não oxidativo da glicose (Forjaz et al., 1998)."

"O exercício moderado pode melhorar a hemoglobina glicosilada e a secreção de insulina, e esses efeitos podem ocorrer independentemente da manutenção ou não da massa corporal. Isto pode sugerir que esses efeitos benéficos não são necessariamente relatados para o treinamento, mas refletem bastante no complemento do efeito do aumento da sensibilidade à insulina após cada sessão de exercício (Uranic e Wasserman, 1990)."

"As maiorias dos estudos demonstram melhora em pacientes diabéticos que se exercitam regularmente, acreditando ser primeiramente devido a potencialização da ação insulínica na musculatura esquelética. O exercício ao aumentar a sensibilidade à insulina em DMIND, auxilia no controle do estado glicêmico desses pacientes, devendo portanto, ser incluído no tratamento dessa doença."

Benefícios da redução do peso corporal no diabético

(...)

"De acordo com Pollock & Wilmore (1993), em indivíduos obesos, parece ocorrer um aumento na secreção de insulina, acima de 100 a 200% das taxas normais e, ainda assim, uma deficiência relativa deste hormônio, tal como indicado pela glicemia elevada. À medida que o indivíduo vai se tornando obeso, ocorre uma redução no número de receptores de insulina, uma redução da sensibilidade à insulina, ou até mesmo as duas coisas (Guedes, 1998). Isto conseqüentemente geraria uma superprodução deste hormônio, numa tentativa de controlar os níveis glicêmicos (Pollock e Wilmore, 1993)."

"Para Martins (1998), a redução da massa corporal juntamente com o exercício físico pode ser considerada prioridade no método terapêutico para o tratamento do diabetes tipo II. Vários estudos foram apresentados envolvendo o treinamento físico e diabéticos tipo I, porém os resultados não são semelhantes.... Já outros autores encontraram resultados diferentes, como Campaingne, Gillian, Spencer, Lampman apud Martins (1998), demonstrando uma redução nos níveis glicêmicos em jejum em pacientes mais jovens do tipo I."

"De acordo com Forjaz et al. (1998), não existem evidências definitivas que suportem os efeitos benéficos do treinamento físico no controle glicêmico dos diabéticos tipo I. Zinman e colaboradores apud Forjaz et al (1998), observaram que o treinamento aeróbico não modifica os níveis glicêmicos, a hemoglobina glicada ou a dose de insulina em indivíduos diabéticos do tipo I."

(...)

"Para Netto (2000), os diferentes resultados encontrados podem estar relacionados às características individuais, assim como a freqüência e a intensidade do programa de exercício realizado. Embora não existam evidências definitivas de que o treinamento físico, por si só, melhore o controle glicêmico do indivíduo diabético do tipo I, ele auxilia efetivamente no controle de outras patologias associadas ao diabetes."

(...)


Texto retirado de:

http://www.efdeportes.com/efd88/diabetes.htm

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Diabetes e o Exercício (1)

"O Diabetes Mellitus (DM) compreende uma doença milenar, acompanhando a humanidade até os dias de hoje. É um importante problema mundial de saúde, tanto em termos no número de pessoas afetadas, incapacidade, mortalidade prematura, quanto nos custos envolvidos no controle e no tratamento de suas complicações. A incidência desta doença vem aumentando principalmente nos países desenvolvidos, devido à modificação nos hábitos alimentares e com o sedentarismo dos tempos modernos (Mondini e Monteiro, 1996)."
(...)
"Em muitos casos onde não há nenhum sintoma aparente a doença é diagnosticada por meio de exames de rotina, em outros, o quadro apresenta-se em estágio avançado, com queixas relativas às complicações neuropáticas, retinopáticas e vasculares (Netto, 2000). Os indivíduos diabéticos, em geral apresentam doenças associadas tais como: hipertensão, dislipidemia, obesidade (tipo II), doença isquêmica do coração, pode-se dizer que o exercício físico regular além de contribuir para melhora do estado glicêmico, diminui sobremaneira os fatores de risco relacionados as doenças cardiovasculares (American College Of Sports Medicine & American Diabetes Association, 2000; Forjaz et al., 1998)."
"O tratamento do DM pode ser realizado por meio de modificações dietéticas, perda de peso ou uso de drogas antidiabéticas orais (Lerário, 1998). Outro fator de prevenção e auxilio no tratamento da Diabete e da diminuição das complicações associadas, é o exercício físico que contribui com uma melhor qualidade de vida ao diabético. Atuando preventivamente quando da implantação de um programa de exercício físico, dieta sã e equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe sanitária (Colberg e Swain, 2000; Mercuri e Arrechea, 2001; Ertl e Davis, 2004).
Alguns estudos mostram essa união entre exercício físico e nutrição no controle do DM, exemplo o estudo de Neuhouser et al (2002), demonstrando que os 1728 homens e mulheres diabéticos, que durante um ano tiveram controle alimentar e praticaram exercício físico moderado regular, diminuíram o risco da doença em 42%. Yoo et al (2004) também demonstraram resultados positivos no controle do DM Tipo II, através da mudança drasticamente do estilo de vida de 29 pacientes diabéticos, através de uma dieta balanceada, exercício físico regular e moderado e controle de saúde.
Outros estudos têm demonstrado que o exercício físico diminui a hipertensão arterial, contribui na redução do colesterol e triglicerídeos no sangue, portanto colaborando na redução e evolução das doenças cardiovasculares (American College Of Sports Medicine & American Diabetes Association, 2000; Cancelliéri,1999; Forjaz et al., 1998).
Para Costa e Netto (1992), os benefícios dos exercícios físicos, de forma geral, podem ser demonstrados através do aumento da concentração das enzimas glicolíticas e oxidativas, aumentando a capacidade do músculo esquelético em produzir energia com menor cetose, aumenta também a ação da insulina e hipoglicemiantes orais.
Após o término da atividade, a musculatura continua captando glicose mais eficientemente, com o objetivo de recompor o glicogênio muscular e hepático, bem como recuperar o organismo, podendo ocorrer hipoglicemias até 48h após o término do exercício (Cancelliéri, 1999). Os efeitos de treinamento na musculatura esquelética, podem ser visto com aumento da força e da resistência física, representando assim uma contribuição significativa no controle do diabetes, bem como uma melhora na capacidade de trabalho (Leon, 1991; Grima, 1996).
Os benefícios do exercício regular em diabéticos, incluem, a redução da perda da massa óssea (osteoporose), aumenta o fluxo sangüíneo muscular e a circulação de membros inferiores; contribui na redução de peso, bem como na manutenção do peso normal e da massa muscular, se o exercício for associado a uma dieta hipocalórica (Gordon, 1997; Colberg e Swain, 2000; Neuhouser et al., 2002)."
(...)
"Os exercícios regulares aceleram as adaptações metabólicas e hormonais que aparecem no início do exercício físico e contribuem para reduzir as necessidades da insulina, também aumentam a sensibilidade à insulina de forma semelhante ao indivíduo saudável, por um aumento significativo à responsividade dos receptores de insulina, proporcional à melhora da aptidão física (Leon, 1991)."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Overtraining

“Apesar do treinamento intenso, os atletas podem apresentar um declínio inexplicável do desempenho, o que tem sido atribuído a causas psicológicas e fisiológicas. Essa condição é denominada overtraining. Embora as causas precisas dessa quebra no desempenho nao sejam totalmente compreendidas, o overtraining frequentemente parece estar associada aos períodos de excesso de treinamento. Quando a carga de treinamento ultrapassa a capacidade do corpo de recuperação e de adaptação, o organismo apresenta mais catabolismo do que anabolismo.

Os atletas apresentam vários níveis de fadiga durante dias e semanas repetidos de treinamento de modo que nem todas as situações produtoras de fadiga podem ser classificadas como overtraining. A fadiga que frequentemente ocorre após uma ou mais sessões exaustivas de treinamento geralmente é corrigida por alguns dias de repouso e uma dieta rica em carboidratos. Essas condições são causadas pelo excesso de treinamento. Por outro lado, o overtraining é caracterizado por um declínio abrupto do desempenho que não pode ser remediado por alguns dias de repouso e manipulação do atleta.

Efeitos do Overtraining: Síndrome do Overtraining

A maioria dos sintomas resultantes do overtraining, coletivamente denominados síndrome do overtraining, é subjetiva e identificável apenas após ter havido comprometimento do desempenho do atleta. Esses sintomas podem ser altamente particularizados, o que pode tornar muito difícil para os atletas, treinadores e técnicos reconhecerem que as diminuições no desempenho são produzidas pelo overtraining. A primeira indicação dessa síndrome é um declínio do desempenho físico. O atleta pode sentir perda da força, da coordenação e da capacidade máxima de trabalho muscular. Estão incluídos entre outros sintomas:

· Diminuição do apetite e perda de peso corporal;

· Sensibilidade muscular;

· Resfriados e/ou reações alérgicas;

· Náuseas ocasionais;

· Distúrbios do sono;

· Freqüência cardíaca de repouso elevada e

· Pressão arterial elevada

As causas subjacentes da síndrome do overtraining frequentemente são um combinação de fatores emocionais e fisiológicos. Foi observado que a tolerância de uma pessoa ao estresse pode ser comumente superada por um aumento súbito da ansiedade, como um aumento do sofrimento físico. As demandas emocionais da competição, o desejo de vencer, o medo do fracasso, os objetivos elevados nao realistas e outras expectativas podem ser fontes de um estresse emocional intolerável. Por essa razão, o overtraining de modo geral é acompanhado por uma perda do desejo de competir e uma perda do entusiasmo pelo treinamento.

Os fatores fisiológicos responsáveis pelos efeitos prejudiciais do overtraining não são completamente compreendidos. No entanto, muitas respostas anormais sugerem que o overtraining esta associado a alterações nos sistemas neurológico, hormonal e imunológico. Embora ainda nao tenha sido estabelecida uma relação de causa e efeito entre essas alterações e os sintomas do overtraining, esses sintomas frequentemente podem ser úteis para definir se o atleta esta apresentando um quadro de treinamento excessivo ou não.”

Fonte: Fisiologia do esporte e do exercício. Wilmore, Costill, segunda edição.

Exercícios no Espaço


A rotina de um astronauta não inclui apenas pesquisas científicas e concerto da espaçonave (ou da estação espacial internacional), exercícios são parte integrante (e uma das principais ações dos homens e mulheres no espaço). Por isso o processo de seleção desses corajosos profissionais inclui além de testes cognitivos e de conhecimentos específicos (cada um em sua área), testes de resistência e de condicionamento físico.
A ideia de estar no espaço é interessante e fascinante, mas, uma vez lá, algumas precauções devem ser tomadas, e a prática de exercício físico é uma delas, os astronautas chegam a praticar exercícios durante 1/4 de seus dias ( 4 horas a cada 16 acordados). Todas as pessoas praticam exercício por algum motivo, como tonificar músculos ou diminuir o estresse (já abordado em outro post), mas os homens do espaço precisam se exercitar por motivos diferentes, estando sem a gravidade (ou com efeitos mínimos dela- a chamada microgravidade), as reações do metabolismo são bem diferentes, e a tendência a se perder massa óssea e atrofiar os músculos é bem grande.
Com a ausência do peso, durante certo tempo, os cosmonautas tem um decréscimo significativo na densidade mineral óssea (DMO). A perda de densidade no pescoço, coluna e pélvis é de cerca de 1,0% a 1,6% mensais, enquanto a perna e os ossos corticais sofrem perdas que giram em torno de 0,3% a 0,4% ao mês. Em um adulto na Terra, que apresenta saúde perfeita, a perda é 3% em uma década. Com essa perda, os ossos ficam enfraquecidos e mais suscetíveis a lesões (como fraturas) quando retornarem à Terra. Mesmo depois de vários anos, a DMO apresentada antes do lançamento não é recuperada.
Ocorre também perda de massa muscular, estudos na NASA, com membros da estação espacial internacional (ISS), provou a perda de cerca de 15% de massa muscular e de 20% a 30% da potência muscular em uma estadia de seis meses de pesquisa. Uma rápida comparação do astronauta em sua ida e em sua volta é equivalente à de uma pessoa de 20 anos com uma de 80. A perda muscular pode ser recuperada ao voltar à terra, mas, como já dito, a perda óssea é bem mais complexa.
Há algumas hipóteses para esta perda óssea, uma delas afirma que o decréscimo ocorre pelo mesmo motivo que pacientes acamados perdem massa óssea: o esqueleto fica sem carregar peso; eles passam por um período chamado descarga esquelética, em que os ossos não são capazes de produzir novas células (osteoblastos) e substituir as antigas (osteócitos). O movimento de minerais essenciais como o cálcio e o fósforo também é prejudicado.
Não há consenso entre especialistas se é realmente este o efeito da microgravidade nos ossos. O Dr. Roger K. Long, um dos integrantes de uma equipe de uma pesquisa realizada para o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica Espacial (NSBRI, sigla em inglês), busca uma resposta mais exata. Juntamente com o Dr. Daniel B. Bikle (seu mentor), eles acreditam que existem 3 substâncias que influenciam a perda óssea no espaço:
  • Fator de crescimento relacionado à insulina (IGF-1), substância química produzida nos ossos, que influencia no crescimento de ossos e cartilagens;
  • Receptor de IGF-1, encontrado dentro de células ósseas e possibilita a reação delas com o IGF-1;
  • Integrina beta 3, proteína que auxilia a função do receptor de IGF-1.
Os estudos levam a crer que na "ausência de peso", o corpo produz menos integrina beta 3, o que dificulta o receptor de IGF-1 retransmitir qualquer sinal do IGF-1 para as células do osso, dizendo o que elas devem fazer. Com menos integrina beta 3, há, então, aumento na perda óssea.
Diversos problemas, então, aparecem, com a perda óssea, o nível de cálcio sanguíneo aumenta, podendo causar problemas nos rins; sem tanta demanda para bombear o sangue, o coração também enfraquece e diminui.
Outra curiosidade que ocorre é a "Síndrome de Adaptação Espacial", que é definida pelos astronautas como um termo fresco de se dizer vomitar. Que ocorre devido à perda de capacidade de sensores de pressão no corpo e da confusão que ocorre nos vestíbulos cocleares, perdendo-se o equilíbrio.
A ISS possui desde novembro de 2008 uma academia projetada pela NASA especialmente para os astronautas, para evitar maiores danos. Existem, fundamentalmente, três aparelhos que os astronautas usam lá, e durante voos no espaço:

  1. Esteira com sistema de isolamento de vibração (TVIS, sigla em inglês);
  2. Cicloergômetro com sistema de isolamento de vibração (CEVIS, sigla em inglês), que é basicamente uma bicicleta;
  3. Aparelho de exercício resistivo (RED, sigla em inglês), um aparelho de levantamento de peso que simula a gravidade.
Mesmo com todas as tecnologias e carga pesada de exercícios, ainda há perda óssea, os astronautas seguem uma dieta rigorosa, com suplementos de cálcio e medicamentos como biofosfonato e citrato de potássio. Os cientistas da NASA estudam novas maneiras para reverter a perda óssea e ideias interessantes podem aparecer nos próximos anos.




Referências:


Demanda Energética no Exercício

A célula muscular esquelética é adaptada para a produção de trabalho mecânico intenso e descontínuo, necessitando de compostos ricos em energia. A fonte direta de energia para a contração muscular são moléculas de ATP produzidas durante o metabolismo da célula de forma anaeróbia ou aeróbia. No entanto, a quantidade de ATP disponível na célula muscular é suficiente para manter a contração por apenas 0,5 a 2 segundos. Assim os músculos não conseguiriam desempenhar suas funções se não dispusessem de um reservatório extra de energia.
Esse reservatório é a fosfocreatina, uma substância altamente energética presente nas células musculares em uma concentração que é de 4 a 5 vezes maior que a de ATP. A contração por meio da fosfocreatina pode durar de 2 a 8 segundos.
As células musculares armazenam também grande quantidade de
glicogênio, este constitui um reservatório de energia de médio prazo para as células, pois é transformado em moléculas de glicose que serão utilizadas na respiração celular gerando ATP.
Durante um exercício físico muito intenso, a quantidade de oxigênio que chega aos músculos pode não ser suficiente para suprir as necessidades respiratórias das células musculares. Nesse caso, após esgotarem-se as reservas de oxigênio, as células passam a produzir ATP por meio de fermentação láctica. Este processo, embora produza bem menos energia, garante a produção de ATP em situação de emergência. Uma conseqüência desta fermentação é a produção de ácido láctico, cujo acúmulo nos músculos causa dor e intoxicação das células musculares. O ácido láctico produzido nos músculos é transportado pelo sangue até o fígado e os rins, nos quais é reconvertido a glicose.


FOSFOCREATINA (PCr)
A creatina orgânica tem duas fontes, a síntese pelo próprio organismo, a partir de 3 aminoácidos; e a ingestão de alimentos, especificamente das carnes (Redondo et al., 1996). O pool orgânico desta substância encontra-se localizado quase na sua totalidade (95%) na musculatura esquelética e sua regeneração após um exercício intenso é um processo dependente da via oxidativa (Mayes, 1996).
O processo de captação da creatina (Cr) no músculo esquelético é realizado por um transportador (CreaT) de alta afinidade dependente de sódio (Na+) e cloreto (Cl-), que atua contra um gradiente de concentração. Alguns hormônios (catecolaminas, insulina e IGF-1), podem estimular o transporte de Cr para o tecido muscular.

Na célula muscular, a creatina em sua forma fosforilada(PCr) constitui uma reserva de energia para a rápida regeneração do trifosfato de adenosina (ATP), em exercícios de alta intensidade e curta duração, como por exemplo, durante um sprint de 100m rasos ou em uma seqüência de levantamento de peso em um treino de halterofilismo.

GLICOGÊNIO
O glicogênio é a forma de armazenamento de açúcares nas células animais. É uma molécula ramificada, constituída por unidades de glicose em ligação glicosídica 1-4, com ramificação onde a ligação é 1-6.
A síntese e degradação do envolvem conjuntos separados de enzimas funcionando de forma irreversível, ou seja, o processo de degradação não é o inverso da síntese. Ao todo há pelo menos 8 enzimas envolvidas. Basta que uma falte para que a síntese ou degradação fiquem comprometidas, ou a molécula de glicogênio pode ser anormal. Além disso, há enzimas que têm formas diferentes em órgãos diferentes. P. ex., a fosforilase hepática, a primeira enzima da via de degradação, é diferente da fosforilase muscular. A falta congênita de uma não influencia o nível da outra.



http://anatpat.unicamp.br/taglicogenio.html
http://www.proximus.com.br/newsletter/2009/junho/pag2.php
http://br.monografias.com/trabalhos909/creatina-funcao-esporte/creatina-funcao-esporte2.shtml


Exercício e Gravidez 2

Exercitar-se na hora do parto reduz chance de cesárea e dor. Esse é o título da matéria que saiu na Folha de S. Paulo sobre as vantagens de realizar exercícios durante o trabalho de parto. Dentre essas vantagens, estão a diminuição do uso de analgésicos devido ao aumento da tolerância à dor e a redução no número de cesarianas, que são preocupação para o país devido ao grande número desse tipo de cirurgia que é realizado no Brasil e devido ao custo.

Segue então a matéria (adaptada):

“Praticar exercícios fisioterápicos durante o parto aumenta a tolerância à dor, reduz o uso de fármacos e diminui o tempo até o nascimento do bebê, conclui um estudo feito no Hospital Universitário da USP. Entre as grávidas que fizeram as atividades, o índice de cesarianas ficou em 11%. A média, na instituição, é de 20%.

Na pesquisa, foram avaliadas 132 gestantes do primeiro filho, com gravidez a termo: 70 foram acompanhadas por fisioterapeuta e fizeram os exercícios preconizados no trabalho de parto e outras 62 tiveram acompanhamento obstétrico normal, sem os exercícios. As gestantes do estudo foram orientadas a ficar em várias posições, fazer movimentos articulares e pélvicos, relaxamento do períneo e coordenação do diafragma.

A fisioterapeuta Eliane Bio, autora do estudo, diz que, além da redução do número de cesáreas, os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto -de 11 para 5 horas. "Nenhuma parturiente do nosso grupo precisou de analgésico." No grupo controle, 62% usaram drogas de analgesia.

No Brasil, exercícios no trabalho de parto estão restritos aos poucos centros médicos que incentivam o parto normal, mas, em países como a Inglaterra e a Alemanha, vigoram há mais de 40 anos. Na França, toda grávida é orientada a fazer ao menos 12 consultas com o fisioterapeuta no pré-natal.

Segundo Bio, os exercícios remetem à livre movimentação que, no passado, a mulher tinha em casa durante o parto. "Temos que estimular as habilidades do corpo da mulher para o parto, prevenindo traumas no períneo, levando a uma vivência menos dolorosa, resgatando a poesia do nascimento."

Segundo ela, os procedimentos fisioterápicos preconizam a participação da mulher em todo o processo de parto, com a livre escolha de posições durante as contrações.

O obstetra Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que o estudo é benfeito (prospectivo, randomizado e com um número significativo de voluntárias). "Tudo o que estimula responsavelmente o parto normal é bem-vindo num país com altíssima incidência de cesárea."

Para ele, o ponto principal do trabalho foi ter mostrado que o acompanhamento fisioterápico retarda a necessidade de analgesia, diminuindo o tempo do trabalho de parto.

Ele pondera que o trabalho não consegue demonstrar de que forma ocorre o relaxamento provocado pelos exercícios. "Um médico adepto da cesárea diria que seria preciso medir os impulsos elétricos do músculo para comprovar o relaxamento. Mas, na prática, sabemos que a movimentação funciona."


Tá aí um grande incentivo para se realizar o parto normal!

Para ler a matéria na íntegra, basta acessar: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u555055.shtml

Exercício e Gravidez




Durante muito tempo a gestação era um período de inatividade para as mulheres que eram orientadas a evitar as academias ou mesmo atividades como caminhadas ou natação. Segundo o presidente da Associação Alemã de Ginecologia, Christian Albring, a prática de exercícios, desde que liberada pelo obstetra, deve fazer parte da vida da gestante.

Praticamente todas as mulheres grávidas experimentam algum desconforto musculoesquelético durante a gravidez. A mudança do centro de gravidade, a rotação anterior da pelve, o aumento da lordose lombar e o aumento da elasticidade ligamentar são os principais responsáveis pelos sintomas que atingem pelo menos 25% das gestantes. Estudos comprovam que um programa de exercícios executado três vezes por semana durante a segunda metade da gravidez parece colaborar na redução da intensidade das dores lombares, aumentando também a flexibilidade da coluna.

Além disso, atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e na manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional, condição que afeta 5% das gestantes. A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina, o que diminui os riscos dos bebês nascerem com sobrepeso.

Os estudos também mostram que a manutenção da prática regular de exercícios físicos ou esporte apresenta fatores protetores sobre a saúde mental e emocional da mulher durante e depois da gravidez. E ainda existem dados sugestivos de que a prática de exercício físico durante a gravidez exerce proteção contra a depressão puerperal (período que vai do fim da gestação até o retorno às condições anteriores à gravidez).

A quantidade e o tipo de atividades devem ser adequados ao período da gravidez e ao condicionamento físico prévio da mulher. As atividades de impacto e os esportes competitivos não são indicados às grávidas. Especialmente esportes que envolvam movimento súbitos e aumentos repentinos da frequência cardíaca, pois estes podem prejudicar a saúde física e mental do feto e gerar, ainda, um parto prematuro.

A natação em água com temperatura acima dos 20 graus é uma das melhores opções, pois a flutuação do corpo alivia a sobrecarga de peso sobre as articulações. Outra característica interessante das atividades aquáticas é o fato de que a frequência cardíaca não se eleva de forma súbita durante uma sessão de natação, por exemplo.


O uso de equipamentos como esteiras, bicicletas e aparelhos aeróbicos pelas grávidas permite que intensidade do esforço seja ajustada individualmente. Acompanhada pelo monitoramento da freqüência cardíaca durante o esforço, permite que os limites estabelecidos no planejamento da sessão de exercícios não sejam ultrapassados.

Outra área que sofria limitações até pouco tempo era a musculação para grávidas. Os exercícios de resistência utilizando pesos não estão proibidos para as gestantes. A carga de peso utilizada deve ser diminuída e deve-se selecionar os grupamentos musculares exercitados. O abdômen obviamente deverá ser poupado, porém trabalhar pernas e braços não apresenta problemas.

Assim, se o exercício for prescrito, a sensação de conforto deve ser a medida de segurança. O aparecimento de qualquer sintoma, tal como, alterações de visão, dor de cabeça, náusea ou vertigem deve levar a grávida ao término da prática e à discussão com seu médico sobre os exercícios praticados.

fonte: http://www.exercicioesaude.com/?acao=noticias&cd_cat=20
http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbr/v45n3/v45n3a19.pdf

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fadiga Muscular

A professora Elke Oliveira, graduada em educação física pela UnB, Pós-graduada em Musculação e Treinamento de Força pela Gama Filho e em Fisiologia do Exercício pela Veiga de Almeida, escreveu um texto sobre fadiga muscular em 15 de abril de 2008, aqui vão alguns trechos interessantes,e o link para o artigo na íntegra:
(...)
"A fadiga muscular pode ser definida como a incapacidade do músculo esquelético em gerar elevados níveis de força ou manter esses níveis por um determinado tempo (Ascensão, 2003; Davis & Bailey, 1997; Enoka & Stuart 1992; Green, 1997).".
(...)
"Algumas causas sugeridas para fadiga muscular são: a) alterações no pH; b) modificações na temperatura; c) alterações do fluxo sanguíneo; d) acúmulo de subprodutos do metabolismo celular, particularmente dos resultantes da hidrólise do trifosfato de adenosina (ATP); e) acúmulo de lactato e íons de hidrogênio (Ascensão, 2003; Fitts, 1994) f) processos da utilização e ressíntese de creatina fosfato (Harris et al., 1976; Lambert & Flynn, 2002; Sahlin & Ren, 1989); g) perda da homeostase do íon de Ca2+; h) cinética de alguns íons nos meios intra e extra celulares (K+, Na+, Cl-, Mg2+); i) lesão muscular, principalmente a induzida pelo exercício com predominância nas contrações excêntricas; e j) estresse oxidativo (Ascensão, 2003). Cogita-se, igualmente, a ocorrência de fenômenos relacionados ao recrutamento das fibras musculares (Kay et al., 2000). Esses fatores resultam em alterações no processo excitação-contração-relaxamento...".
"De acordo com esta relação, a fadiga pode ser dividida em central e periférica (Santos et al., 2003).".

Fadiga Central

"A fadiga central é caracterizada por falha na condução do impulso nervoso promovendo redução no número de unidades motoras (UM) ativas e diminuição na freqüência de disparos dos motoneurônios (Sunnerhagen et al., 2000). Parte desse processo é relacionada aos neurotransmissores...".
(...)
"Além dos neurotransmissores, parece que o metabolismo da amônia (NH3) também pode influenciar a fadiga central, por causar alterações tanto no metabolismo energético quanto nas funções neurológicas. Um acúmulo de NH3 no cérebro pode prejudicar a coordenação, controle motor e sistema oxidativo local (Banister & Cameron, 1998).".

Fadiga Periférica

"A fadiga periférica apresenta falha ou limitação de um ou mais componentes da unidade motora (motoneurônios, nervos periféricos, ligações neuromusculares ou fibras musculares). Caracteriza-se pela deterioração dos processos bioquímicos e contrateis do músculo, sendo a depleção dos substratos energéticos (Santos et al., 2003) e o acúmulo de metabólitos (Jacobs et al., 1981) os mais citados na literatura.".
(...)
"As alterações na capacidade de liberação ou captação de cálcio também são apontadas como fatores que afetam a fadiga.(...)".
"Durante o exercício de alta intensidade e curta duração, a dissociação do lactato resulta no aumento das concentrações dos íons de hidrogênio (H+) e conseqüente diminuição do pH, ocasionando a acidose metabólica, comumente considerada um dos causadores da fadiga (Foss & Keteyian, 2000; MacArdle et al., 2002)."
"Por último, é importante informar que o aumento nas concentrações de íons de potássio (K+) em conseqüência do seu movimento para o exterior de célula durante o potencial de ação, tem sido indicado como um dos fatores responsáveis pela fadiga durante o exercício intenso de curta duração (Juel et al., 1990). Isso ocorre por resultar na incapacidade de manter o gradiente iônico em torno da membrana sarcoplasmática das fibras musculares e pela falência conjunta ou isolada da bomba de sódio e potássio, responsável pela recaptação do K+ do espaço extracelular para o interior da célula (McKenna, 1992).
Assim, a fadiga mediante mecanismos periféricos baseia-se em associações da depleção de substratos energéticos e produção de metabólitos, eventos que atuam na liberação de cálcio, e nos processos intracelulares que influenciam no funcionamento do sistema nervoso periférico."